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LER PARA CRER - BACLOFENO/LIORESAL contra ALCOOLISMO

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Mensagem por lili Sex 28 Mar 2014 - 12:00

BACLOFENO E ALCOOLISMO – Testemunho de uma cura
Fonte - Association Baclofène:
http://www.baclofene.org/baclofene/rtu-et-baclofene-compte-rendu-de-la-reunion-du-4-juillet-2013-de-lansm
Tradução: Elisa Lopes

A minha história:
ZeManu
Idade: 36 anos ( em 2014)
23 de agosto de 2011

Bom dia,

Tenho 33 anos e sou dependente alcoólico há pelo menos 4 anos. Descobri a bebida aos 14 anos.
Durante muito tempo foi um consumo recreativo, mas muitas vezes excessivo. Há muito tempo o meu consumo foi em crescendo e há dois anos que se tornou um inferno.

Decidi tratar-me há 18 meses e fui para um CCAA ( Centro de Cura Ambulatória em Alcoologia, em França) para uma desintoxicação ambulatória. Não resultou…

Há 9 meses, decidi ir curar-me no CALME (estabelecimento de saúde para tratamento de alcoólicos), em Cabris (França). Não tratei dos procedimentos para lá entrar imediatamente. Levei tempo a amadurecer esta entrada para me curar e também levei tempo a estar farto de estar farto disso.
Fui então passar um mês no CALME no passado mês de maio. Isso foi benéfico e estava determinado a separar-me da bebida. Uma cura é eficaz mas não é o remédio milagroso.
Atualmente, alterno entre períodos de abstinência de 15 dias, seguidos de dias de alcoolização de 7 a 10 dias. Consumo claramente menos do que antes da minha entrada na cura, mas ainda não consigo atingir a abstinência total.
Ouvi falar do baclo(feno) há cerca de um ano. Na altura, já estava convencido pelos argumentos de diversos testemunhos de pacientes alcoólicos para quem funcionou (consulta de diversas fontes na Web, uma emissão especial no canal France2, um artigo na revista Sciences & amp), no entanto eu queria primeiramente testar uma terapia clássica, ou seja, uma cura.

Em resumo, para mim a cura foi benéfica, tenho um apoio psicológico desde que saí mas o problema perdura.
Hoje também venho junto de vós pois quero experimentar o baclo.

Obrigado por me terem lido.

16/06/2012
O céu tem realmente a cor da esperança…
Consegui, posso dizer que estou livre, liberto, salvo. Posso escolher…
No tempo em que estava no fundo do poço, bebia todos os dias, à tarde a partir das 18 horas até sucumbir completamente. Às vezes, encontrava força, mesmo quando já estava completamente bêbedo, para ir ao Monoprix ( hipermercado)1 antes das 21 horas, ou então à mercearia que fechava à 1 hora.
Era uma missão sagrada, podia ventar, chover ou nevar, não interessava, precisava do meu carburante. Mesmo que não começasse a beber logo de manhã, a minha vida girava à volta da bebida.
Depois, um dia, fiquei farto, depois farto de estar farto disso, fui para uma desintoxicação. Isso foi benéfico, mas, bem entendido, tive uma recaída.
Ouvi falar no baclofeno  ( Lioresal em Portugal)2 antes de ir para a desintoxicação e disse a mim mesmo que tentaria no caso de recair. Recaí, por isso tentei.
Fui aumentando lentamente. Pouco a pouco os cravings (desejos incontroláveis)3 eram cada vez menos fortes, já não bebia durante a semana, um claro progresso. Por outro lado, ao fim de semana continuava a alcoolizar-me bastante.
À volta dos 160mg/dia, bebia ainda 2 cervejas em situações de risco. Quando cheguei aos 180, encontrei-me numa situação de risco e voltei à água Perrier (água mineral de marca francesa)4. Não sentia nenhuma necessidade de álcool que fluía livremente à minha volta. Percebi que tinha atingido o objetivo.
Mesmo assim aumentei até aos 200mg/dia e aí, em relação ao álcool, deixei mesmo de pensar nele. Quando muito, penso nisso sem pensar nisso quando venho aqui ( ao fórum)5 publicar.
Doravante, o álcool faz parte do passado. Quando se fala de indiferença pela bebida, é isso mesmo. Estou pura e simplesmente indiferente. Quando penso no meu passado com a « fada » álcool, pois bem…não penso nada. É mesmo neutro.
Resumindo, daqui em diante estou LIVRE!  Very Happy 
Obrigado a ti, “moleculinha”, por me teres salvado a vida.
ZeManu
Notas da tradutora: 1, 2, 3, 4, 5
lili
lili

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